A gente podia fazer um despacho, uma bruxaria, pedir aos deuses para 2024 não acabar. Não costumo sentir medo de futuros, de esquinas e de tempestades, mas 2025 tá com cheiro de treta braba. Não só os desastres ambientais cada vez mais próximos, mas a eleição de Donald Trump vai concluir o desmanche do império e arrastar o Ocidente na enxurrada do lixo capitalista.
O futuro presidente, eleito por imigrantes, por afro-americanos, por miseráveis e milhões de alienados vai expulsar do país os imigrantes que votaram nele, os miseráveis, muitos afro-americanos e toda a gente incômoda que rouba emprego dos anglo-saxões, os verdadeiros americanos. Não importa se têm greencard, filhos nascidos, não importa se têm duas décadas no país, os invasores serão expulsos.
Trump imperador do caos avisa, ainda, que fará uma devassa no serviço público federal, vai limpar o Pentágono, demitir oficiais de carreira, tirar da reserva quem faz oposição e demiti-los em seguida. Terá poder de monarca para fazer o que quiser, com apoio do senado, da suprema corte e possivelmente da câmara dos deputados. Ao seu lado estará o eufórico vice James Davis Vance, um alucinado de 40 anos para quem os imigrantes comiam pets em Springfield e se gabava de pegar mulheres pela vagina com sua fama.
Ex-adversário de Trump, J.D.Vance virou a chave e passou a beijar seu chão. Hoje é dos maiores defensores da ideologia do MAGA (Make América Great Again) e representa as bigtechs, as bigs empresas de petróleo, das armas e farmacêuticas, os donos do mundo. Pois esse sujeito, um jovem déspota, pode assumir a presidência no impedimento de Trump por debilidade mental.
Saibam que Donald vive de fraldões em função da sua incontinência urinária por questões neurológicas e já não fala coisa com coisa.
Já vestiu as calças ao contrário antes de discurso, fez cocô em pé durante jogo de golfe e, nojento, não aperta as mãos nos cumprimentos por pânico de germes. Esse sujeito vai presidir a nação com o maior arsenal atômico do mundo e bélico por natureza.
Presidente mais idoso da história, com 78 anos, não deve demorar no posto, será afastado pelo conselho de ministros em pelo menos dois anos, quando chegar aos 80 mordendo parede. Até lá, já terá implodido o império com apoio de Vance e do reptiliano Elon Musk.
Os EUA chegaram em um ponto sem retorno. Elon Musk, um meliante com mais de 150 processos judiciais nas costas, grão vizir do faraó, vai triplicar sua riqueza bilionária e não terá onde gastar num mundo em pedaços. O próprio Trump, com suas 36 condenações, vai ter onde gastar?
Enquanto isso o Ocidente se desmantela nos desempregos em massa e na miseravização do seu povo. No lado oposto, o Oriente bem reorientado avança na sua rota da seda. Não foi à toa que China, Rússia e Índia festejaram discretamente a derrota de Kamala Harris – mesmo o Kremlin negando os festejos. Trump nosso camarada irá acelerar o fim.
VINGANÇA SARAMALIGNA
Os Brics podem dar a pá de cal nos restos do império, ao trocar o dólar por outras moedas. Isso faz de Dilma Rousseff, presidente do banco, a mulher mais poderosa do mundo. Pura ironia, Dilma foi retirada da presidência do Brasil pelos próprios Estados Unidos para barrar a corrida do país em direção ao Brics. Deu o impeachment, mas não impediu a vingança saramaligna. Ou seja, o capitalismo do passado dará saudade ao mundo do futuro, quer dizer, amanhã.
Os robôs substituirão de imediato mais de 30% dos humanos nas empresas. Em mais alguns anos, metade dos trabalhadores braçais movidos a átomos serão trocados por braços mecânicos movidos a bits. Em Nexus, seu novo livro, Yuval Harari fala do novo mundo comandado não por neurônios orgânicos, mas por algoritmos e microships de silício. Lembrando que Taiwan, território por direito da China, produz 90% dos microchips do mundo. Na pandemia, eles pararam a produção e o planeta parou junto. Faltaram chips para aviões, carros, liquidificadores e vibradores.
A China já é dona do mundo, sem alardes, comendo pelas bordas e pelo centro. O império tenta segurar os chineses negando-lhes vagas nas universidades cheias de anglo-saxões de baixo rendimento. O governo chines paga tudo, banca seus estudantes, mas as instituições de língua inglesa decidiram negar as vagas.
Um parente bem próximo passou, em 2018, um ano em Harvard em laboratórios de medicina fazendo pesquisas e trabalhos acadêmicos de ponta. Os estudos que deveriam ser em conjunto, eram feitos apenas pelos brasileiros, chineses e indianos - os nativos faltavam às reuniões, enrolavam, não contribuíam e no final assinavam o trabalho. Além de péssimos alunos eram desonestos, dizia meu parente.
É essa geração anglo-saxônica incompetente e desonesta que está na Casa Branca patrocinando a derrocada do sistema. Se apenas eles afundassem sozinhos na descarga da privada capitalista, ok, tudo certo. Mas não, vão levar junto um monte de gente nada a ver com eles pro mesmo buraco negro do futuro... que é logo ali, amanhã. Ao não ser que a gente congele 2024!
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